Há 65 anos passados, aproveitando a "onda" dos monólogos teatrais, como "As mãos de Eurídice" e "Esta noite choveu prata", de Pedro Bloch, "A valsa nº 06", de Nelson Rodrigues, "O papagaio de Deus", de Gipson de Freitas, entre outras obras teatrais, escrevi o monólogo "Frederico, o revoltado", que foi encenado na antiga sede do Clube de Regatas Saldanha da Gama (foto), na Av. Rui Barbosa, numa promoção em benefício do Lar Cristão.
Era a estreia do Conjunto Teatral Castro Alves e também do monólogo. O citado Conjunto reunia um considerável número de amadores e, consequentemente, admiradores das artes cênicas. Na época existiam em Campos dos Goytacazes dois conhecidos grêmios teatrais, anteriores ao Castro Alves, que surgia com muita disposição de encenar preferencialmente peças de autores campistas.(Os Grêmios eram o "Gastão Machado" e o "João Caetano", da saudosa Dona Laura).
"Frederico" foi muito bem aceito pelo público presente e pela crítica local. O monólogo focaliza a angústia e a revolta de um velho jornalista que não se conforma com o Brasil de seu tempo, que, infelizmente, é o mesmo dos dias atuais... ou pior. Vítima de um acidente automobilístico ele – o personagem – narra em estado de perturbação um pouco de sua vida e da situação do Brasil que, naquele tempo, as coisas não iam bem. Os problemas não são novos.
O Conjunto contava com a participação minha, Carlos Alberto Gomes Lima Redondo, João Vieira e Iara, jovem morena. (Acho que era esse o seu prenome se não estou enganado. Não me lembro do sobrenome). O monólogo tem 30 a 45 minutos de duração. Época atual. A ação se passa em Campos dos Goytacazes. Era – mas não foi – para ser interpretado pelo Carlos Alberto, mas acabou sendo pelo próprio autor. Encontra-se registrado e, quase mais tarde, representado pelo ator Ricardo Lavalhos, que aqui residiu durante anos, além de outros atores. "Frederico" foi, também, publicado em livro.
A Academia Campista de Letras fez anos no dia 21 de junho, 82 anos a serviço da cultura campista. Parabéns!
Está quase chegando a hora de voltar tudo "como dantes no quartel de Abrantes". Será? Por isso alguns intelectuais da terra estão aguardando o momento exato para a divulgação de suas obras. Temas para os mais críticos não faltam e personagens inspiradores também: Messias, Rafael, Lázaro e outros menos votados. Morou?
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