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Natal à vista!

Por Portal Evidência em 14/11/2021 às 10:45:55

Ilustração de GIPSON de Freitas

O Natal está chegando e com ele a lembrança dos natais passados. No meu tempo Graças a Deus sem pandemia, o período natalino era uma verdadeira festa. Não existiam muitos enfeites que passaram a ser usados mais tarde, mas era realmente encantador! As lojas eram decoradas, inclusive concursos de vitrinas, eram realizados e muitas promoções e liquidações reais eram feitas.

Papai Noel, o bom velhinho, chegava de helicóptero e desfilava pelas principais ruas da cidade. As Casas Machado Vianna e Dragão faziam o maior "quebra louças" da cidade, com descontos incríveis. Eram descontos verdadeiros, com baixo lucro, para esvaziar prateleiras. Não havia a Black Friday (sexta-feira negra) que agora vai longe... e que, na realidade, não passa de macaquice copiada dos americanos, que se o comprador pensar direitinho vai ver que é uma enorme tapeação que nem inglês quer ver...

O comércio, no dia 24, véspera de Natal, funcionava até quase meia-noite. Os bares da cidade funcionavam até tarde. Não havia ainda a "corrida" para as praias. Havia, sim, confraternização nos lares e principais bares do chamado "centro". Os preços eram baixos e não havia crise. O povo era feliz!

E a figura de Papai Noel? Quem encarnava o "bom velhinho"? Não sei se houve outros, mas os Papais Noéis que conheci e até trabalhei com alguns deles como radialista foram: Antônio Manoel Gomes ("Zé Pipoca" -radialista e ator), acho até que foi o primeiro com chancela" oficial". Mais tarde, Luiz Carlos da Silveira ("Passarinho" – radialista), Dermeval Gomes (radialista), Geraldo Ferreira da Silva (bancário aposentado e poeta), Ataíde Dias (cantor), o conhecido "Cidadão Samba" de Campos, o primeiro Papai "colored" que se tem conhecimento, e Massaud Cury Filho (funcionário público municipal). Com exceção de Geraldo, segundo consta, os demais estão de "anjinhos" participando das festas natalinas celestiais.

Mudou tudo. É a vida. Lares recepcionavam Papai Noel e poucos decoravam as suas residências, Meia-noite, ao som das músicas tradicionais e muitos cumprimentos, os presentes eram trocados com elogios mútuos. E os comes e bebes eram os de sempre, mas a bebida adulta era o ponche. No dia seguinte, o costumeiro almoço de Natal e as famílias entravam no peru...

Que saudade!


Antecipadamente, FELIZ NATAL, amigos leitores!

Aguardem o livro "CAMPOS – Crônicas, Memórias e Curiosidades Campistas", de minha autoria.

Até quando vamos ter que aguentar a triste situação em que vivemos? Só estão satisfeitos os que estão de cima...

Ainda tem gente que defende bandidos, isto porque eles não foram vítimas e nem parentes vítimas deles.

Scuna
Rente a Car