Curiosidade Campistas (VIII)

• Campos dos Goytacazes tem muitos prédios históricos (históricos mesmos). Independentemente da história de cada um deles, existe o aspecto arquitetônico. A lente do fotógrafo amador (ou artista) Jayme Siqueira registra, na foto acima, a beleza artística da lateral da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro/São Judas Tadeu, na Rua Conselheiro José Fernandes, vendo-se a beleza dos vitrais das janelas laterais do templo, em forma de orifício de agulha, comuns no tempo do "Mestre dos Mestres".
  
  
• São muitas e muitas curiosidades do passado relacionadas com a nossa cidade. Muitos e muitos campistas não sabem de muitas curiosidades do tempo antigo. Já publiquei em meus livros várias e várias delas. Essas histórias tem como objetivo principal deixar gravado em papel um pouco do ontem de Campos, sua historia, sua gente e suas coisas. Aqui estão mais alguns registros desse passado que marcou bastante a minha e a vida de muitas pessoas e, por isso, merecem destaque nas páginas da nossa Campos dos Goytacazes.
  
  
• Para começar, muitas coisas mudaram em Campos. Você sabia, amigo leitor, que a cidade já teve ônibus 24 horas? Era o apelida do "Corujão", que bons serviços prestou aos trabalhadores noturnos e aos estudantes campistas. Acabou. Acabou por quê?
  
  
• Quando não havia televisão e o rádio era privilégio de poucas pessoas, só três emissoras de radiodifusão eram captadas em nossa cidade: Rádios Nacional, Tupi e Mayrink Veiga. O campista tinha como divertimento os cinemas e as esporádicas companhias teatrais no saudoso Cine Teatro Trianon, no Boulevard Francisco de Paula Carneiro, independentemente dos circos e parques quando apareciam por aqui. Tudo isso entre as décadas de 40 e 50. Televisão? Só mais tarde. O famoso "Repórter Esso" das 20:00 horas era assistido numa televisão montada na porta da antiga Confeitaria Império, no atual Calçadão da Avenida 7 de Setembro.
  
  
• No decorrer dos tempos, surgiram as mais diferentes atrações populares, relacionadas com shows populares, competições ciclísticas, futebolísticas, atléticas, tenísticas e até "porrinhísticas", no "Largo da Imprensa", no Calçadão.
  
  
• "A mulher gorila"(de nome Telma), "A mulher Aranha" (Berenice Ribeiro), aparelho este criado pelo cômico Zé Gamela ou Divaldo Ribeiro, "O homem sagui", que desafiava edifícios, e os "Equilibristas das alturas", que desciam por cabo da abóboda externa da Catedral Diocesana ao Monumento ao Expedicionário, além da Orquestra Sinfônica Brasileira e as EXPOAGROS, foram algumas das atrações que fizeram sucesso em nossa terra num passado não muito distante.
  
  
• Cinemas e teatros, na cidade e no interior, foram muitos até hoje. Os motivos do desaparecimento dessas casas foram muitos. Casas de espetáculos para o povo, tivemos inúmeros, a começar pelo "Rancho Fundo", Circos de Touradas e Anões, sem contar o inesquecível Circo Teatro Floriano, de proprietários campistas, e o Pavilhão Vasconcelos, que foi armado na Rua 13 de Maio e aqui ficou bastante tempo. Muito tempo depois o Teatro Popular Orion, de Zé Gamela. Todos com cobertura de lona ou/e zinco. Campos teve, também, Cinema ao Ar livre, no entro da cidade, promovido pelo Foto Lettieri, de Salvador Lettieri.
  
  
• Dramas consagrados foram encenados no Pavilhão Vasconcelos, como "Santa", "O céu união dois corações", "A ré misteriosa", "A canção de Bernadete", "Sansão e Dalila" e "O Mártir do Calvário", peça em versos do dramaturgo português Eduardo Garrido, contando a vida e a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Fui figurante nas duas últimas.

UMAS & OUTRAS

• O médico e acadêmico Sebastião José de Siqueira deverá lançar em março próximo mais um livro de poesias, que já se encontra pronto. "Definitivamente o amor" é o título. Vamos aguardar.
  
  
• O advogado e acadêmico Christiano Abelardo Fagundes de Freitas é o novo presidente da Academia Campista de Letras, eleito por aclamação em concorrida Assembleia Geral Ordinária. Foi em dezembro último.
  
  
• Na Academia Pedralva de Letras e Artes houve recentemente também eleição de diretoria e o novo presidente é o poeta Roberto Pinheiro Acruche.
  
  
• As minhas crônicas divulgadas pela revista Evidência e pelo mensário Região em Foco vão sair em livro em breve. É só esperar, minha gente!

FELIZ ANO NOVO!!!