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MODERNISMO E PARVINISMO

Herbson Freitas

Por Portal Evidência em 26/02/2022 às 22:54:07

Reprodução

O Parvinismo é a filosofia do ridículo nas artes e na vida, segundo afirmam os parvinistas. A concepção ilustrativa revela a mulher às avessas, numa demonstração de que a beleza nem sempre é real.

A Semana de Arte Moderna está completando 100 anos de criação. O Movimento de 22 em São Paulo foi, sem dúvida, uma revolução nos meios culturais brasileiros. Aplausos foram muitos e críticas também.

Gipson Antunes de Feitas, campista, escritor, jornalista e desenhista, residente em Niterói-RJ, alimentava há anos o sonho de criar um movimento paralelo de contestação aos intelectuais de 22.

E foi assim que anos depois, precisamente quase 80 anos, surge o Parvinismo, lançado no Circo Garcia, no Rio de Janeiro, contando com a presença de ilustres intelectuais, o elenco circense e vários animais da companhia.

Da mesma forma que o Movimento Modernista objetivava mudanças no mundo das letras e das artes, o Movimento Parvinista enveredava por outros caminhos da cultura, ressaltando que "o Parvinismo é uma espécie de máscara com a qual nos disfarçamos para gozar o ridículo do mundo".

Na arte ou na vida o grotesco está sempre presente. Se o Movimento de 22 foi de mudanças, de renovação, o Parvinismo foi mais fundo a fazer brotar realidades, Os dois Movimentos estão "acendendo velas". Os "parvos" foram festejados em novembro último. E neste mês de fevereiro os Modernistas.

E para "fechar", o final do poema do poeta Carlos Drumond de Andrade, que sempre foi ele mesmo – verdadeiro, autêntico, talvez parvinista. Do "Poema da Necessidade": "É preciso casar João, / é preciso suportar Antônio, / é preciso odiar Melquiades, / é preciso substituir nós todos. / É preciso salvar o país, / é preciso crer em Deus".

Viva o Parvinismo!!


UMAS & OUTRAS

- Soneto do poeta parvinista João Antunes de Freitas: "O Ser Humano: "O boneco que fala e ri e chora, / Cheio de orgulho e cheio de vaidade, / Vive e luta na terra, que o devora, / Sem o sincero amor da humanidade. // Sofre e maldiz e ao céu, o bem implora. / E descontente em toda a atividade; / Ele ambiciona o mundo, e se apavora / Com a chegada fatal da realidade, // Tu sofres... Provações tens que passar. / Por que tens tanto orgulho nesta vida, / Mas não vês tu que nada vale, nada?... // Vais de encontro a outro para o bem-estar / E esqueces da divina luz sagrada / Em toda a tua mascarada lida."


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Fonte: Herbson Freitas / Jornalista

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