Tenho grande admiração pelo saudoso jornalista, produtor de rádio, escritor e historiador Waldir Pinto de Carvalho, que empresta seu nome ao Arquivo Público Municipal de Campos. Autor de vários livros que abordam fatos históricos de Campos, na sua obra também é possível encontrar narrativas curiosas. Uma delas é "Fantasmas na Cidade", encontrada no livro Campos Depois do Centenário - vol. 1.
O dia, 26 de fevereiro. O ano, 1947. Passadas as notícias sobre "fantasmas" que agiam na esquina de Alberto Torres com Voluntários da Pátria, numa garagem na esquina de Marechal Floriano e Sete de Setembro, e numa casa da Barão do Amazonas, surgia um, na Tenente Coronel Cardoso (trecho entre B. Cotegipe e Andradas) que atirava pedras e latas nos transeuntes. Entre as suas vítimas, o Sr. Newton Morisson e um soldado do Corpo de Bombeiros que recebeu uma pedrada quando ali esteve com a guarnição. Da vistoria feita no forro da casa, de cujo telhado vinham os artefatos, apenas foram encontrados, velas e uma frase num pedaço de papelão: "Amanhã tem mais...".