Lavar a alma, cuidar das águas

Quando falamos em natureza, alguns roteiros são realmente especiais. No distrito de Retiro do Muriaé, distante cerca de 20 minutos de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, chama atenção a beleza das águas. Quem conhece a cachoeira da Fumaça, e suas ramificações, sabe bem do que estou falando. Quedas belíssimas margeadas por uma vegetação selvagem mexem com as emoções dos amantes da natureza.

A água cai com pressão sobre as pedras, proporcionando um espetáculo vibrante e inesquecível. Um banho de cachoeira é capaz de mudar o dia. Como se absorvêssemos o poder daquelas águas em constante movimento e ciclos que jamais irão se repetir. Algo muda dentro de nós quando apostamos nessa conexão. É quando a cachoeira parece nos abraçar, lavando toda a negatividade, elevando nossos níveis de energia, refrescando a alma.

Retiro tem o rio no nome e em seu cotidiano. O curso do Muriaé proporciona cenários exuberantes, dignos dos melhores registros. Em vários momentos do dia, o sol brinca de artista e tinge as águas de inúmeros tons de dourado. Um ritual de cor, beleza e uma coreografia única.

A torcida é para que toda essa beleza seja preservada como precisa e merece. E este vem sendo o maior desafio de quem reconhece a importância de um meio ambiente conservado, livre de poluentes. Assim como a vida, o rio segue naturalmente seu curso. É preciso, assim como as águas, desviar dos obstáculos e seguir em frente. A causa é nobre. E urgente.

Três dias de muita arte

Participei, com meu projeto "Natural de Campos", da Expo LAB, no Palácio da Cultura. Organizada pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, a mostra esteve em cartaz durante três dias, exibindo trabalhos dos artistas contemplados com o edital da Lei Aldir Blanc. A Expo LAB colocou à disposição do público uma pequena mostra dos talentos da cidade. Que mais projetos de valorização do artista local estejam na pauta.