Historiando Campos

Construído em 1846 por Joaquim Pinto Neto dos Reis, o Barão de Carapebus (que foi o primeiro Promotor Público de Campos), e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional (Iphan) em 1946, o Asilo Nossa Senhora do Carmo/ Casa do Engº Santo Antônio/Solar do Barão de Carapebus/Casa da Fazenda Grande do Beco, foi onde Dom Pedro II assinou o termo para a implantação da luz elétrica em Campos, inaugurando o uso da energia pela primeira vez na América Latina.

O Asilo Nossa Senhora do Carmo como é popularmente conhecido, foi fundado pela conferência Vicentina São Francisco de Assis e inaugurado no dia 8 de Agosto de 1904. Mas pela necessidade de dar a esta entidade vida legal para poder adquirir como pessoa jurídica e estar em juízo quando fosse necessário, criou-se uma associação independente da conferência, embora a ela vinculada, com o nome de Associação Mantenedora do Asilo Nossa Senhora do Carmo da velhice desamparada. Materialmente falando, estava no dia 9 de Outubro do mesmo ano fundada a secular associação.

É um monumento histórico que foi depois adquirido pelo Visconde de São Sebastião e mais tarde pela Cia. Industria e Agrícola Santo Antônio.

O casarão hospedou em 1883 o Imperador D. Pedro II, quando em sua visita a Campos para a inauguração da luz elétrica, e o quarto em que ele pernoitou, tempos depois foi transformado no Salão Nobre do Asilo.

Mas a histórica Fazenda do Beco, cujo solar (atual Asilo do Carmo) é citado pelo historiador Alberto Lamego como "uma das mais perfeitas construções solarengas do Brasil", a partir de 1990 entrou em estado desesperador que durou até 2019. Nesse período encontrava-se em estado deplorável; virou uma mansão de luxo para os isópteros (Isoptera), uma ordem de insetos eusociais conhecida popularmente como cupim ou itapicuim e sua estrutura havia se inclinado para o lado esquerdo.

Felizmente em 2019 o IPHAN promoveu obras de contenção, restauração do telhado e algumas paredes do imóvel. Esse foi salvo.