A imigração italiana deixou fortes marcas na demografia, na cultura e na economia de Campos dos Goytacazes. Parte da história dessa imigração italiana me foi contada pelo empresário Ésio Paravidino.
Seus avós Giacomo Bensi e Maria Moransoni (foto 2), nasceram no ano de 1879 em Rocca Grimalda (fotos 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9), uma comuna italiana da região do Piemonte, província de Alexandria, com cerca de 1.346 habitantes atualmente.
Em 1899, o casal resolveu deixar a Itália em busca de uma melhor condição de vida e embarcou num navio ao lado de outras famílias italianas para a América do Sul. Inicialmente, aportaram na Argentina mas lá não alcançaram seus objetivos. Decidiram então tentar a sorte no Brasil. O casal passou pelo Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Macaé até chegar na planície goitacá. Em Campos começaram como trabalhadores rurais na Usina do Queimado. Com o dinheiro que conseguiram no roçado, compraram um terreno onde hoje está o campo do Ipiranga Futebol Clube. Plantaram hortaliças e legumes. Deu tão certo que passaram a fornecer toda produção para a cidade. Finalmente, enraizados e com os recursos adquiridos, compraram mais lotes de terra. Construíram uma igrejinha que se transformou na Paróquia São João Batista (fotos 10, 11). Portanto, foi graças à colônia italiana e seus esforços que se originou o bairro denominado Capão. Com a união matrimonial, o sobrenome italiano que mais cresceu no bairro é o Paravidino. Dentre eles estão Mateo, João Batista, Eugênio (foto 12). Tutte brave persone.
Paróquia de São João Batista.
Fonte: * João Pimentel - Pesquisador, historiador e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Campos do