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Historiando Campos

Por Portal Evidência em 02/07/2021 às 22:54:05


Quando se fala na Segunda Guerra Mundial em Campos, o pensamento nos leva ao monumento criado pelo campista Modestino Kanto e inaugurado em 14 de abril de 1947. Nomeado "Monumento ao Expedicionário", na parte frontal dele há uma coroa de louros, em bronze, com a seguinte legenda: "Campos, à glória eterna dos que lutaram pela Pátria".


Monumento ao Expedicionário

Sobre o ato inaugural, "O Estado", publicou:

Às oito horas, realizou-se missa solene, oficiada pelo Bispo Otaviano Pereira de Albuquerque, na Catedral, seguindo-se a transladação dos despojos do Capitão de Voluntários da Pátria, Manuel Teodoro de Almeida Batista, morto na Guerra do Paraguai.

Às dez horas, teve lugar a inauguração do monumento, na Praça do Santíssimo Salvador, iniciado com o discurso do Sr. Prefeito, em nome do povo campista. Presentes as representações escolares do município, bem como uma revoada dos aviões do Aeroclube local.

A seguir, houve o desfile militar em continência às ilustres autoridades presentes.

Conheci um dos campistas que lutaram na Segunda Grande Guerra. Ele é Pedro Franco dos Santos, que infelizmente não está mais entre nós. Foi meu vizinho e ouvi relatos sobre os dias vividos por ele na Itália. Além do temor pela vida causado pelo maior flagelo da humanidade até hoje, Pedro reclamou demais da neve e do frio. Motorista do Batalhão de Engenharia, dirigia somente à noite objetivando a construção de pontes. De volta ao Brasil, quando era perguntado havia matado algum inimigo, ele sempre respondia: Não tenho certeza. Talvez. Eu atirava prá cima deles. Quem sabe...

Pedro Franco dos Santos


Pedro e o Batalhão de Engenharia na Itália.

Mas a Segunda Guerra esteve próxima de Campos. Em 27 de outubro de 1942, chegou à Barra do Itabapoana, uma baleeira com 15 náufragos. Era parte da guarnição de um navio mercante norte-americano atacado e afundado por um submarino alemão no oceano Atlântico, tendo chegado em Barra do Itabapoana, depois de vários dias passados no mar. Após serem assistidos pelas autoridades locais e os habitantes, os americanos foram levados no dia seguinte para Campos. Enquanto isso, os representantes da embaixada americana, rumaram para Campos com socorros médicos. Os náufragos em seguida foram levados para o Rio de Janeiro no dia 29 por aviões da FAB, por determinação do Ministro da Aeronáutica.

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