Meu tesão é um risco de vida?

Ideologia um dos maiores sucessos de Cazuza, na minha opinião o melhor poeta que tivemos em sua geração, que morreu de AIDS aos 32 anos em 7 de julho de 1990 no Rio de janeiro.

O motivo que venho citar Cazuza aqui é que nessa é que, "Ideologia é o tema que dá título ao terceiro disco solo de Cazuza, lançado em 1988. A letra foi escrita pelo cantor e musicada por Roberto Frejat, amigo e antigo companheiro da banda Barão Vermelho. O disco foi gravado em 1987, depois de Cazuza voltar dos Estados Unidos, onde fez um tratamento para a Aids."(https://www.culturagenial.com › ).

E em um trecho da música ele fala as palavra a seguir: O meu tesão/ Agora é risco de vida/Meu sex and drugs não tem nenhum rock 'n' roll/Eu vou pagar a conta do analista/ Pra nunca mais ter que saber quem eu sou...

Nos tempos modernos esse pedaço da música de Cazuza tem falado tão diretamente com os jovens que durante a pandemia não puderam ou não deveriam ter se relacionado com outras pessoas devido ao contagio direto que o vírus da covid – 19 tem através da saliva, ou mesmo de um contato direto.

Muitos relatos de casais que nessa pandemia se afastaram com medo de um abraço, um carinho um contato mais íntimo com outro, a outra pessoa se tornou quase um inimigo ou o próprio significado do vírus vivo.

Por isso seguindo a música do Cazuza como ficamos com nossa saúde mental e sexual depois que a ameaça da contaminação passou, ou será que não passou?

Com essa nova variante, menos letal e com muitas pessoas já vacinadas mas não isentos da contaminação como ficamos sobre nos relacionar?

Como fica a pegação citada aqui nessa coluna anteriormente?

Será que vamos poder ir as festas e ficar normalmente com pessoas, beijar sair curtir ter um relacionamento casual sem o medo de estar sendo contaminado ou estar contaminando alguém?

Nos anos 80 o HIV tinha o controle, a camisinha deu uma proteção na qual até os dias de hoje é um acessório necessário em toda relação, não só para evitar o HIV mas várias doenças sexualmente transmissíveis, mas contra o COVID a abstinência o isolamento os distanciamento, o não se relacionar parece a maneira mais segura de não contaminação.

Então uma letra de 1988, 23 anos depois está tão atual que faz todo sentido cantar agora. Nosso tesão agora é risco de vida? E até quando teremos que pagar a conta do analista para não saber quem somos? Quando poderemos voltar a viver?